Evolução

Evolução é um processo que acontece paulatinamente, é algo que requer paciência, persistência e acima de tudo, força de vontade e disposição para os possíveis contra-tempos.

Evoluir é necessário, mas convenhamos que não é um processo tão simples assim, por isso, não ocorre feito um passe de mágica.

Evoluir requer deixar de lado certas amarras que nos aprisionam e nos acomodam num estado de falso conforto.

Evoluir implica em ser mais tolerante, menos orgulhoso(a), mais humilde e menos vaidoso(a), implica também em exercitar a paciência e o constante aprendizado principalmente aquele advindo dos erros mas que nos deixam lições pertinentes e poderosas.

Evoluir também significa prestar mais atenção em você, nas suas escolhas e atitudes, a exemplo de: deixar de ser infantil mas sem perder a leveza e a inocência que uma criança tem e que também deve fazer parte do seu íntimo.

Evoluir é não querer ser o centro das atrações e tampouco pensar que é indispensável na vida de outrem, a ponto de cogitar em ser mais querido(a) e aceito(a) por todos.

Evoluir é aprender a receber críticas, mesmo porque, elas fazem parte do processo de crescimento, pois ser contrariado ou encontrar quem discorde de nós é algo inevitável, uma hora acontece. As diferenças de opiniões são também saldáveis e nos fazem refletir e lembrar que somos seres em construção, ou seja, obra inacabada. Portanto cabe revisão e correções.

Evoluir não está unicamente ligada a questão do saber que é aprendido nos livros didáticos, vai muito além disso. Tem a ver também com o somatório das experiências de vida, aquelas adquiridas com os enfrentamentos das adversidades.

Evoluir é ultrapassar barreiras e se desvencilhar de certas necessidades, entre elas: a que lhe faz perseguir insistentemente pelo querer ser reconhecido, pelo querer receber aplausos e elogios para se sentir amado, pelo querer estar em evidência. Pois ao se acostumar com essas e outras situações do tipo, na hora em que elas não mais existirem na sua vida, você poderá não conseguir lidar ou até mesmo suportar conviver sem. E aí já sabe não é? Haja conflito interno para negociar, resolver e ajustar.

Mente vazia

A probabilidade de você amargar bem mais que os outros, pelos erros cometidos, pelas dores provocadas a partir das consequências dos seus atos e de uma mente vazia, é real.

Como também é possível que qualquer mal que se pratique a outrem, não fique impune aos aos olhos de Deus. Da mesma forma acontece com aquele ou aquela que plantar a discórdia, a mentira, a infidelidade... aos seus semelhantes.

Tem uma frase muito forte que diz: "Mente vazia é oficina do diabo".

É o que acomete a algumas pessoas que escolheram viver à margem do saber, do conhecimento, da religião (das coisas do alto)...

Seria radical dizermos que somos aquilo que pensamos?

Caso a resposta seja verdadeira, é bem possível que a sua vida seja moldada conforme  o que você pensa, e se a sua mente não foi desenvolvida em sua capacidade cognitiva voltada para o bem e coisas positivas, o esperado é um enfrentamento de dilemas diretamente ocasionados pela consciência que se tem.

E a mente, não pode ser descuidada, ela deve ser exercitada com coisas boas que a faça se desenvolver continuamente, até mesmo para evitar doenças, como o mal de Alzheimer. 

Se os seus pensamentos são confusos, algo está errado, e não estou falando da doença, mas do conjunto de características e traços da sua maneira de agir, que forma o seu caráter.

Por isso, é importante preencher a sua mente com coisas que lhe eleve, que lhe faça sentir produtivo(a). Determine o melhor para sua vida, pois é a partir das suas escolhas que você dirá quem é.

O bom, é que a mente pode ser transformada com a renovação dos pensamentos. Mas para tanto, é preciso abandonar os velhos paradigmas, procurando corrigí-los, dando lugar a outros, melhores e condizentes com a fidelidade e a harmonia.

Seja  disseminador(a) do bem, esqueça novelas ou qualquer coisa que o valha  e que de nada lhes acrescentam, rejeite conversas de candinha, disse me disse, fofocas que só ofende a alma e adoecem as células do seu corpo, além de provocar inimizades e mal estar nos envolvidos.

Não permita e nem dê combustível ao inimigo, corte dele o controle sobre você, você é filho(a) de Deus e só ele tem morada em sua vida, e nada deve lhe afligir ou perturbar.

O que só o tempo pode revelar

Pobres de nós, simples mortais, com velhos costumes e fortes tendências a valorizar e julgar pelas aparências. Isso é próprio do ser humano, o que confirma na verdade o quanto são imperfeitos, a julgar por algumas atitudes tomadas ao longo da vida. 

E por que julgamos tanto, se não nos sentimos confortáveis quando somos julgados também?  O tempo se encarrega de tudo, ele consegue nos mostrar  as respostas para os nossos questionamentos, mas há que saber esperar, o que só o tempo pode revelar.

É comum sermos levados a cometer enganos. E a julgar pelas aparências, e quando isso acontece corremos o risco de  estarmos sendo injustos, uma vez que não é possível desnudar o íntimo de ninguém para saber o que há por trás do que ele (a) pensa, sente, representa e apresenta ser. Não se conhece o seu histórico de vida, não se sabe a verdade. 
E qualquer ação praticada ou julgamento feito, poderá causar impactos negativos e até fazer estragos na vida do outro, ou seja, o alvo do nosso julgamento... Ou ainda, gerar uma possível antipatia gratuita.

O julgamento, é algo que se faz muitas vezes a partir do que se enxerga ou até mesmo do que se ouve. O que não significa dizer que seja verdade. 

É preciso muito mais que um simples olhar a primeira vista, mesmo porque somos "falhos", e não temos autoridade e tampouco capacidade para fazê-lo.
Só Deus é quem tem poder para nos julgar, e mesmo assim ele nos julga pelo nosso coração e não pelas aparências. O ideal, seria que sempre que fossemos fazer algum julgamento a respeito de alguém ou de alguma coisa, pedisse-mos orientação e sabedoria a ele. 

Não custa nada ficar mais atento(a) e procurar ser mais observador(a) e conhecedor de si mesmo, inclusive para aprimorar o próprio comportamento e atitude. Praticar o exercício da prudência, da empatia e da paciência, para não magoar ninguém ou até mesmo sair machucado.
Essas são algumas medidas que podem ser adotadas no sentido de  promover o aprendizado e crescimento como ser humano. Fácil não é mas ninguém disse que seria.

Enquanto se é novo(a)

Enquanto se é novo(a), acredita-se em quase tudo e pouca coisa incomoda. Preocupação é algo que não faz parte da vida. Afinal de contas você está apenas começando, vai se preocupar por quê? O que importa mesmo é aproveitar de tudo que puder.

Mas o tempo é implacável e não aceita desperdício, lá na frente vai cobrar. Mas até lá... Isso é o que menos interessa.

E sem que se perceba ambos passaram, você e o tempo, só que ele não envelhece, já você... 

Bem, essa é a lei natural da vida e ainda não há como mudar. E nesse intervalo, se vai crescendo, vivendo, aprendendo, amadurecendo e ficando chato também, é normal que isso aconteça, como também é possível que com o passar dos anos, se perca o interesse por coisas que anteriormente se valorizava e/ou fazia tanta questão. Coisas de gente grande.

E que bom que é assim, é sinal que você é humano e pode mudar de opinião e gosto quando bem entender, que pode ser quem você quis, conforme as escolhas que fez, e por ter vivido tudo aquilo que permitiu viver. 

De poder ter histórias para contar, bem como, falar das conquistas, vitórias e por que não dizer, das derrotas também.

Contudo, a vida tem seu mecanismo próprio e é feita por ciclos e momentos. Razão muitas vezes as quais as coisas acontecem alheias à vontade de cada um. Ainda assim a vida segue seu curso e você tem que seguir junto. 

Porém, como será esse caminho  e melhor  maneira a se trilhar? Isso passa a ser um critério individual, o que não implica dizer que você tenha que seguir sozinho todo o percurso, mas as suas escolhas, essas ninguém vai sentir mais o peso dela senão você. 

Portanto, esteja atento quanto às armadilhas e obstáculos que por ventura venha surgir naturalmente, pois as pessoas não costumam aceitar que lhes atribuam responsabilidades daquilo que não é de sua competência.

Saudades do meu pai!

Uno-me àqueles e àquelas que devem estar sentindo nesse momento, um tremendo vazio no peito, provocado pela a ausência e a saudade de alguém que não se encontra mais nesse plano.

De alguém que sabemos que não vai está nos esperando para nos abraçar e receber o nosso abraço.

O meu era chorão, porém, muito amável, carinhoso e sabia ser agradecido e reconhecido por tudo que fazíamos e por cada presente que recebia, por mais simples que fosse. Pai amigo dos filhos e filhas conversava sobre tudo independente de qual fosse o assunto, sujeito estudioso e muito esclarecido, pois lia bastante.

Amava ver a casa cheia e a mesa farta, com tanto que tivesse os filhos ao seu redor. Para ele era um verdadeiro dia de festa, “O dia dos pais” como tantas outras comemorações festivas que aconteciam, além do que, momentos como esses eram a oportunidade que ele tinha para tirar do baú todas as suas anedotas e assim contá-las para nós, embora que muitas delas já fossem repetidas, e daí? Se você não ria da piada, ria com ele e ele ria junto.

Vejo e conheço pessoas que dizem que não sabem o que é o amor e até mesmo duvida que a felicidade exista. Imagino que deve ser triste para quem não conhece esses sentimentos.

Quanto ao meu pai, ele os tinha de sobra, pois sua força e alegria estavam apoiadas no Deus em quem ele confiava muito e praticava.

Dizia que era o homem mais feliz do mundo, pois tinha ao lado dele uma grande família e a mulher que ele tanto amava, e que fazia questão de bradar aos quatros cantos do mundo esse amor. Foram quase 50 anos de matrimônio a repetir a mesma frase: “Essa é a mulher que eu amo”.  Disso minha mãe não tinha do que reclamar.

E assim ele fez até os seus 68 anos, quando teve que nos deixar para fazer morada lá no céu a convite do pai eterno. É o que eu acredito!

É meu pai, você não está mais aqui ao alcance dos meus olhos, contudo, do meu coração e da minha mente você sempre esteve presente, pois não houve um só dia desde que você partiu que eu não toque no seu nome onde quer que eu esteja, pois sua imagem e lembranças são constantes e eternas na minha vida.

O meu orgulho de ser a filha do “Pessoa” ainda perdura até hoje, era tão bom quando pequena me reconheciam nas ruas de Penedo como “Pessoinha” por ser sua filha. Lembranças de um passado que não volta mais.

Ai meu Deus, que saudade do meu pai!

Não fique só a reclamar, faça alguma coisa

Exercitar a mente, além de fazer bem a saúde evita problemas futuros...

O brasileiro é conhecido como um povo reclamador, que se queixa por tudo ou quase tudo.

Porém há que se observar o motivo de que se tratam as reclamações, e se ela procede ou se não passa de algo irrelevante.

Faz parte do comportamento de algumas pessoas que costumam reclamar, não perceberem o que é importante o suficiente para ser valorizado de fato.

Algumas reclamam na esperança que venha alguém e resolva a questão para elas, outras reclamam por hobby. Tem ainda aquelas que reclamam por querer que as coisas aconteçam corretamente, mas não fazem nada para contribuir positivamente no intuito de que o melhor aconteça, como também, tem àquelas que além de reclamar não procuram evoluir e se inteirar dos assuntos e do que acontece ao seu entorno, e tão pouco se envolvem.

Enfim, o que não falta mesmo é motivo e gente fazendo reclamação de toda ordem!

Porém, será que não tem algo errado acontecendo? Será que não está faltando coragem para arregaçar as mangas e fazer as coisas acontecerem?

Talvez seja necessário ocorrer algumas mudanças de atitudes, do contrário, o muro das lamentações é o caminho certo, mas fica longe daqui.

Você pode até ter do que se queixar, é natural, mas de nada adiantará ficando inerte. A medicina comprova que a mente precisa ser exercitada, deixá-la sem exercício poderá trazer sérios prejuízos no futuro para a saúde, inclusive, um dos grandes males que acomete muita gente, é a ignorância, a falta de cultura e educação, e tudo isso tem um preço alto a se pagar. A ignorância destrói e aprisiona. E o aprisionamento fragiliza, e fragilizado você tende a se sujeitar a qualquer coisa, inclusive àquelas das quais você pode vir se envergonhar ou se arrepender.

 Ao se descuidar e negligenciar da mente, você ficará limitado a um determinado nível de consciência, ou quem sabe até a ausência dela.

Consequentemente se tornará presa fácil, sujeito a ser dominado por conversas e imagens bonitas, atrativas aos olhos, mas sem qualquer conteúdo e consistência.

Portanto, em vez de ficar a reclamar ou se lamentar por qualquer motivo, lute por você mesmo, e procure ajudar a sua mente, fazendo com que ela se expanda alimentando-a com conteúdos que venham agregar valor ao seu crescimento, tire proveito dos livros da internet e das redes sociais ou de qualquer meio de comunicação que lhes convier, mas faça isso sabendo filtrar aquilo que vai lhe servir de combustível para o seu engrandecimento, tornando-o um ser humano mais consciente e menos reclamão.

Desperte para a vida

Qual é o poder que tem os meios de comunicação social, e qual influência que exerce sobre as pessoas. A todo o momento são bombardeadas com notícias catastróficas e programações deseducadoras sem dó e nem piedade, usando e abusando da boa fé de quem se encontra do outro lado, manipulando e confundindo suas cabeças. No momento em que esses procuram descansar e relaxar um pouco a mente, da labuta diária. Quanto engano!

Não se permita ser enganado (a) e iludido (a). Dê mais atenção a você e seja um bom observador. Permita-se o direito de evoluir, de conhecer, de aprender, se desenvolver, de crescer... Deixar que os outros decidam por você pode lhe ser prejudicial, mesmo porque nada lhe acrescenta.  

Tome partidos, mas quando os fizerem que sejam em nome do bem, da lealdade, da justiça, dos bons costumes, das boas práticas...

Se indigne, mas com aqueles que cometem atos ilícitos e vergonhosos, aqueles que são egoístas, mercenários, mal feitores e vampiros sugadores do sangue de pessoas honestas e trabalhadoras, como é a nossa.

Não destruam amizades que levaram anos para serem construídas, por querer defender o indefensável.

Não se perca e nem perca a consciência e a serenidade, elas lhes são valiosas. Se for possível absorva somente o que lhe servirá para o seu amadurecimento, pois à medida que isso ocorre você demonstra estar no caminho certo do aprendizado e assim será mais fácil e melhor quando tiver que lidar com os problemas e suas complexidades.

Deseje e procure ser uma pessoa mais tolerante e prestativa, engajada na construção de um mundo mais humano, em que seja possível uma convivência harmoniosa entre todos. De certo que nem sempre será possível evitar conflitos e atritos, mas caso isso aconteça, independente do resultado, que o saldo possa ser positivo de forma, que sirva para transmitir alguns ensinamentos e deixar aprendizados.

Aparte-se da infantilidade e das birras. Elas só lhe servem de infortúnio, além de afastar-lhe do convívio social, já que ninguém é obrigado (a) a conviver com pessoas inconstantes.

Desperte para a vida, acorde, e veja em que mundo você está vivendo, não desperdice seu tempo com tolices e com atitudes não condizentes de alguém que deseja e anseia em ter seus direitos garantidos. Pois se já está difícil para quem procura fazer o certo, imagine o contrário!

Inquietudes

Há momentos na vida, que tudo que você precisa, é simplesmente ficar quieto em algum lugar. Viajando no tempo e nas lembranças, com você e seus pensamentos.

Numa dessas, me veio à mente, a lembrança de uma conversa que tive há tempos, com um velho conhecido.

E ele me dizia: Não entendo a razão que leva algumas pessoas, a passarem boa parte da sua vida a se dedicar ao trabalho, uma ação que parece coisa de “louco”, em busca de realizar o grande sonho, que é comum ao da grande maioria - A aquisição da casa própria. E quando isso acontece, pensa que relaxam? Não, permanecem inquietos, e muitas vezes até insatisfeitos.

Logo após, vem o desejo de construir ou reformar, deixar tudo do jeitinho que idealizou. E quando consegue concretizar, ao invés de aproveitar e desfrutar do resultado desse esforço, fruto do suor de seu trabalho. Elas largam tudo para trás e sai pelo mundo a fora, como se a procura do que não perdeu. E essa busca parece não ter fim, mas talvez tenha um nome e motivo: a procura da plenitude.

Naquele momento, eu entendi que ele tinha suas razões para pensar assim.

Porém, só com o tempo e através dos estudos, pude perceber que aquelas palavras dele faziam sentido e tinham fundamento, embora ele não soubesse ou tivesse a mínima noção da profundidade do que falava, pois lhe faltava o devido conhecimento e embasamento que vem dos livros. Contudo lhe sobrava o conhecimento empírico. Que é aquele conhecimento adquirido no dia-a-dia, e que está embasado nas tentativas e erros, ou seja, não é necessário entender de determinado assunto, pois o conhecimento é adquirido por meio de observações e das experiências vividas. Circunstância em que não se faz necessário a comprovação científica. Neste caso é possível explicar o que o levou a chegar àquelas conclusões.

É lógico que ele não conhecia a teoria do “Psicólogo Americano, Maslow”, nunca tinha ouvido falar em seu nome, nem tampouco as descobertas dele em seus estudos. Do contrário, justificaria essa sua conclusão e, por conseguinte, a confirmação do real motivo que leva o ser humano a agir assim.

Para Maslow, o ser humano vive em busca de plenitude e, quando alcança um determinado valor, segue em busca de outro em grau ainda maior, constantemente insatisfeito, sempre à procura do inalcançável. (Maslow, 1996, p186).

Eu não quero e nem é a minha intenção discutir aqui o papel e a relevância dos conceitos da teoria de Maslow ou de qualquer outro teórico.

Contudo, de saber reconhecer a sintonia que já existia naquelas palavras do meu velho conhecido, ainda que inconsciente. A julgar por suas limitações, e grau de instrução escolar. E o que ele entendia e já demonstrava conhecer, suficientemente para perceber e fazer as suas próprias análises.

Por isso eu pergunto a você no mundo, se é mais inteligente, o livro ou a sabedoria?  (Gentiliza, Marisa Monte).

Eu sempre ouvia da minha mãe, o seguinte: “O mundo é uma escola”.

E eu nunca duvidei disso. E hoje quem diz sou eu, que o mundo é realmente uma escola, e nos ensina em tempo integral. E suas lições, se encontram num livro chamado: “vida”. Nele você aprende, mais cedo ou mais tarde. Querendo ou não. E na hora que ele decidir lhe cobrar ou  lhe arguir as lições lá contidas, você terá que estar pronto para se apresentar e responder. 

Ser Mãe

Ser mãe é o sonho de muitas mulheres. Mas é também o direito de quem não deseja ser.

Ser mãe chega a ser assustador e doloroso no começo, além de não ser fácil. Por outro lado é maravilhoso!

E você só entende o que é ser mãe verdadeiramente, quando passa a ser também. Nessa hora você lembrará da sua mãe e do que ela dizia.

Ser mãe envolve um misto de sentimentos, a exemplos de: dor angustia medo, coragem, carinho, tristeza, alegria, surpresa... Mas envolve o maior de todos eles, o “amor”.

Ser mãe é abdicar das noites de sono para garantir o adormecer tranquilo do(s) filho(as), em qualquer circunstância.

Ser mãe é ser falha e se cobrar pelos erros cometidos, mas é também saber reconhecer, se superar aprender e começar tudo de novo.

Ser mãe é uma bênção e uma dádiva que Deus permitiu a mulher.

Ser mãe é ser real, original e verdadeira. É ser chata, cobrar demais e reclamar muito, é ser exagerada e dramática, é ser uma artista quando faz chantagem emocional e usa o choro, mas acima de tudo é amar e se entregar com todas as forças possíveis, para defender sua cria!

Ser mãe é estar plugada em 220V o tempo todo, é estar sempre apressada, estressada e atrasada, é nunca relaxar por querer dar conta de várias coisas ao mesmo tempo.

Ser mãe é querer proteger e trazer os (as) filhos (as) embaixo de suas asas, numa forma de querer garantir a integridade física deles e delas, do meio externo. É não aceitar que já cresceram e não necessitam tanto assim dos seus cuidados exagerados, pois já criaram as suas próprias asas e precisam voar sozinhos. Coisas de mãe!

Na verdade, mãe que é mãe na concepção da palavra, age geralmente do mesmo jeito, o que muda e que diferencia uma das outras é só o endereço.

Nós, as mães, aprendemos muito mais do que ensinamos. Os filhos (as) são verdadeiros laboratórios, com eles nos especializamos e nos habilitamos a ser quem somos.

Obrigada Senhor, por ter me concedido o direito de ser “MÃE”!

Valorize o que tem que ser valorizado

De todas as experiências vividas, nada se compara aquelas que nos deixam um aprendizado, que nos ensinam a refletir, perceber e valorizar o que tem que ser valorizado. Mas, nada disso fará sentido se você não conseguir evoluir o suficiente a ponto de identificar o que é ou não pertinente.

Se você ainda não aprendeu a filtrar o que é melhor para sua vida e o que de fato merece a sua atenção, é bom começar a pensar nisso. Inicie procurando absorver somente aquilo que lhe vai fazer bem e vai servir para o seu crescimento como pessoa. Caso contrário, estará se envenenando à toa e adoecendo o seu corpo e mente, sem contar que vai está em constante conflito com você e com os outros.

É bem verdade que há etapas na vida que preferiríamos pular e não ter que passar por elas, contudo são necessárias para o nosso aprimoramento. A vida segue em ciclos, abre um hoje e logo após o mesmo terá que ser fechado, e nessa dinâmica vamos aprendendo e evoluindo.

Ouvimos dizer que “para tudo na vida existe o tempo e o momento certo”, mas, certamente não está sobre o nosso comando esse poder, independente do que tenhamos planejado, pois não é simplesmente uma questão volitiva. Existe um ser maior e supremo, “Deus”, que regula o tempo em que as coisas acontecem, estando nós, preparados ou não. Agora ele sim, tem o poder que restaura tudo aquilo que é necessário restaurar e preparar. Mas cabe a cada um de nós ficarmos atentos aos seus sinais, como também estarmos receptivos e dispostos para aprender.

Desta feita, será possível enxergar e entender a importância desses mecanismos. Uma vez entendido, é possível que a partir daí seja mais fácil à aceitação, de um novo caminho acompanhado do desejo de mudança. Consequentemente, surge uma nova maneira de encarar a vida, um novo olhar e uma nova percepção a respeito de você e do outro.

E o por que dessas explanações?

Por observar o quão frágil e limitado é o ser humano. Limitado sim, do contrário não seria “humano”. E como ele reage e lida com certas situações, justamente aquelas desagradáveis e inesperadas, ou seja, as que lhe são impostas.

A vida é um mistério! E não uma ciência exata feito a matemática, como muitos insistem em apresentar por aí, em que tudo se resolve em “passos de mágica”, a exemplo de: “como ficar rico em 5 passos”, “Os 7 passos para a ascensão”, “Os 8 passos para vencer na vida” ... 

A vida minha gente, é bem mais complexa do que se imagina.

Eu a comparo a uma estrada, em que só se aprende o caminho, caminhando, mesmo que esse percurso lhe cause dores algumas vezes, devido às pedras que surgirão à frente causando empecilho para lhe desestabilizar e fazer desistir. Ainda assim faz parte.

Só se aprende a viver, vivendo, e viver requer coragem e implica em assumir riscos, e todos estamos sujeitos a eles. Quer seja: errando ou falhando, caindo e levantando, sorrindo e chorando, ganhando e perdendo... O que importa mesmo, é permanecer lutando. Pois a vitória é uma consequência! 

Pensando bem

“O sábio pode mudar de opinião. O ignorante nunca.” (Immanuel Kant)

Há algum tempo, um artista que eu gosto muito, interrompeu sua carreira para entrar na política, pois bem, conseguiu se eleger.

Um belo dia eu assistia a um programa na Tv e ele era o entrevistado, no meio da entrevista ele falou uma frase que ficou na minha cabeça e ecoou por muito tempo, disse ele: “Política não é lugar para homem de bem”.

Então, de lá para cá, penso que praticamente nada mudou em relação a essa conclusão que ele chegou, lá atrás. A julgar pelos eventos que vêm ocorrendo nos dias atuais na política do nosso país.

Para falar a verdade, eu não entendo nada de política e nunca fui partidária. De todas as vezes que exerci a minha obrigação como cidadã, tendo que votar em alguém, quer seja para vereador, deputado estadual e federal, prefeito, senador, governador ou presidente, o fiz pelo candidato, pela sua simpatia, por julgar que tinha projetos interessantes e por conseguir mentir tão bem enquanto falava, a ponto de me fazer acreditar, até provar o contrário, e não pelo partido o qual ele fazia parte. E confesso que consegui ajudar a eleger muitos, como também confesso o arrependimento em tê-lo feito. Por outro lado, não me envergonho de ter mudado de ideia as vezes que julguei necessário.

Porém, é lastimoso ter que admitir a realidade e a verdade traduzida na frase dita pelo artista, uma vez que, é público e notório, como ela vem se concretizando até hoje.

Partindo dessa premissa, o que quero dizer é o seguinte: Ou a gente se conscientiza do nosso papel como ser humano de bem e do bem, ou o nosso país, a nossa vida e a nossa gente continuará comprometida e descendo de ladeira abaixo e a mercê de pessoas de mentes doentias e espíritos miseráveis.

Delito é delito, uma pequena corrupção não é diferente de uma grande, portanto não minimiza o valor e a intensidade do que ela possa provocar e representar.

Exigir do outro que ele tenha atitudes corretas no que faz, é o esperado e ideal. Mas convenhamos, o que não é admissível, é usar dois pesos e duas medidas, ou seja, apontar os erros dos outros por seus atos de corrupção, enquanto você faz vista grossa para os seus, julgando-o de menor proporção e gravidade.

É obrigação de todos, sem distinção, agir com lisura e ainda fazer o bem sempre, no sentido de não prejudicar quem quer que seja, principalmente quando se está em posição privilegiada, por exercer cargos importantes e de confiança, ou ainda representando os interesses de um povo.

Independente de quem você seja, se pessoa de vida pública ou não, ainda assim será formador (a) de opinião e multiplicador (a) dos bons ou maus exemplos. Afinal de contas, nascemos, crescemos e vivemos em comunidade, e é nela que temos que dar o nosso testemunho prático diário de compromisso e responsabilidade, justamente com o que se vai produzindo ao longo da existência.

Desta feita, não há como se eximir em procurar fazer cada um a sua parte da melhor maneira possível, e assim propagar atitudes descentes honestas e justas.

Que futuro e que mundo estamos ajudando a construir para os nossos descendentes, se continuarmos alheios e inconscientes, insistindo em velhos costumes e vícios, sem querer admitir que sejam necessárias mudanças de atitudes e comportamentos?

Já disse isto outro dia e repito: “Faça as mudanças que você deseja e quer ver transformada nos outros e no mundo”.

O tempo

“Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus;” (Eclesiastes 3:1)

Não é a toa que se diz: “O tempo é o senhor de tudo.” E é mesmo, é só aguardar os acontecimentos, pois mais cedo ou mais tarde o tempo trará as respostas necessárias a todas as indagações e os resultados do que se permitiu.

O tempo é poderoso e exerce muito bem o seu papel, ele detém a hora e o momento exato para entrar em ação, ele se encarrega de mostrar o que é preciso saber e aprender, ele coloca tudo em seu lugar. Embora, muitas vezes a conta por ele cobrada, seja alta e alheia a nossa vontade.

Dizem por aí que o tempo é o melhor remédio é a cura para muitos males, mas implica um tempo de espera, uma maturação, paciência e sabedoria.

Com o tempo: você aprende a valorizar, reconhecer e entender o que antes parecia desconhecido e sem solução, sofre, enxerga, muda, se arrepende e até cresce. Mas isso só será permitido se você entender a linguagem do tempo.

Para alguns o tempo é cruel e não perdoa, para outros é clemente e favorável. Aliás, tudo é do tempo o tempo todo.

Cuidado, com o tempo não se brinca! Não desperdice o seu com bobagens ou ainda a cultivar e plantar discórdia entre os semelhantes, ele lhe é precioso, faça dele o seu aliado.

A vida é curta, e quando você menos espera o tempo passou e você nem viu, pois estava ocupado: com coisas e atitudes que nada lhe acrescenta. Use a inteligência, procure estudar seja lá o que for, mas se informe, amplie os seus conhecimentos, tenha mais consciência e discernimento, procure ajudar, seja generoso, mande a preguiça embora, use a empatia, domine o seu gênio, o ódio e a raiva só faz mal a você mesmo, seja justo(a) e sincero(a), exercite a paciência e ame mais, a vida sem amor não tem sentido e nem razão de ser. Pratique a sua fé e reze sempre.

Contudo, não esqueça: “O domínio sobre as coisas vem Deus e do seu tempo”. Agora, o que cabe a você, é dever seu, execute com competência e sabedoria, mas sempre observando as leis e os mandamentos do criador.

Mulher é assim

Parar e Refletir

Já que o mundo está em giro constante e você não pode parar para consertá-lo, é bom que não esqueça que assim também é o dinamismo com o qual as coisas acontecem na sua vida. Pois nessa mesma intensidade tem sido as exigências e cobranças em relação ao seu desempenho, sejam no profissional ou pessoal. São tantas responsabilidades e compromissos que fica difícil desacelerar. Afinal é essa a realidade dos dias atuais, uma verdadeira prova de fogo em que não cabe recuar e fraquejar.

Agora, o pior disso tudo é que o preço a se pagar pode ser alto demais. Podendo inclusive vir a provocar a desestabilização em alguns, e quem sabe até, roubar seu poder de percepção sobre quase tudo.

Consequentemente, essa falta de atenção poderá levar a negligência nos cuidados com a pessoa mais importante desse contexto: “ela mesma,” e assim, vai fragilizando o que se tem de mais valioso: “a saúde do corpo e da mente,” e essa ação pode gerar a vulnerabilidade possibilitando o acometimento de doenças de várias ordens.

O ideal seria que soubéssemos reconhecer o momento certo de “parar e refletir”. Avaliar a respeito das atitudes e o modo de vida que se leva, e a partir daí tomar as medidas possíveis e necessárias, no sentido de tentar ajustar e alinhar esse modo atual para um desejado, com o objetivo de chegar ao alcance de uma boa qualidade de vida.

É de costume dizer que quando alguém vive em ritmo acelerado, “que se está plugado em 220V”. O que pode até parecer natural e/ou normal, mas até quando será possível viver assim?

De certo que o trabalho é de suma importância na vida do ser humano, pois é através dele que temos as necessidades satisfeitas para nossa sobrevivência, e ainda, é com ele que podemos sonhar criar os projetos de vida e realizá-los. Além de proporcionar e gerar sensações boas e sentimentos positivos, a exemplo: do prazer, respeito, orgulho, honra, dignidade...

Por outo lado, há também que se ter cuidado! Não podemos permitir que “o trabalho” seja o nosso carrasco, ou que tenha o domínio sobre nossa vida, a ponto de nos paralisar e deixar de enxergar o que acontece no entorno ou até mesmo tirar de nós a vontade de tudo mais.

O trabalho não pode e nem deve ser encarado como a coisa mais importante em sua vida, ou até mesmo como um fardo pesado que você tenha que carregar. Pois, aí sim, é sinal que algo está errado.

Por isso é fundamental e pertinente dar pausas de vez em quando no ritmo da própria vida, para refletir e avaliar o proceder. O corpo está sempre nos dando sinais de alerta e cabe a cada um de nós sermos observadores e conhecedores das próprias limitações e capacidades. Ninguém é imortal. Tudo na vida tem um preço e tem limite também, não se deixe levar pelo desespero ou paranoia do trabalho, você não pode tudo.

Existe alguém superior a você, Deus, esse sim, tudo pode. Atente aos seus ensinamentos. Que tal começar meditando um pouquinho na grandiosidade dele em sua vida! Só ele tem o controle sobre tudo. Você é apenas um instrumento nas mãos dele. Confie nisso, só não desista de você, pois Deus nunca desiste!

O sábio respondeu: “podemos cometer alguns excessos de vez em quando. Mas é sempre bom parar, e refletir sobre o que fazemos na vida". (Confúcio)

O poder que a palavra tem

Há que se ter cuidado, pois a palavra tem poder e efeito: de grandioso a devastador...

Não é difícil encontrarmos por aí pessoas que dizem não ter “papas na língua”, ou seja, fala o que lhe vem à cabeça sem ao menos refletir, é o chamado: “Falo mesmo, doa a quem doer”.

É a mais pura expressão das verdades individuais, é a forma e maneira pela qual essas pessoas enxergam as coisas e o mundo a sua volta. De certo que cada um tem o seu entendimento a respeito de tudo, o que lhe é próprio.

Poderíamos então, pontuar como sendo esse um dos motivos pelos quais é percebido certo grau de dificuldade do ser humano, em se estabelecer uma comunicação perfeita, correta e efetiva?

A palavra proferida apresenta-se de várias maneiras e possui um poder determinante. Principalmente no que se refere a nós, pois o nosso futuro está atrelado também ao que falamos hoje.

Assisti a uma palestra certa vez, em que a palestrante dizia que o pensamento é livre, mas a partir do momento que você decide tirá-lo da cabeça e o expressar, transformando-o em palavras, aí sim, você será responsável por tudo a partir desse momento e arcará com as suas consequências. A palavra é algo comprometedor. Quando pronunciadas, poderão nos afastar ou aproximar das pessoas, assim como o tom da voz. Pois, a depender do que dissermos poderemos deixar marcas parciais ou permanentes, e isso não acontece somente em relação aos outros. Daí o cuidado que se deve ter com o que falamos ou então seremos eternamente suas vítimas.

As palavras percorrem um caminho até chegar à boca e ser proferida... E o coração é geralmente o ponto de partida, onde tudo começa. E se esse coração estiver passando por momentos de amarguras, doente e com ressentimentos. Certamente conduzirá uma carga de energia negativa. Frutos desses sentimentos e mazelas acumuladas.

Então, quais os benefícios adquiridos ou se espera adquirir, construindo para si um mundo a partir da forma como vem falando e agindo?

Exemplos não nos faltam! Quem foi que já não ouviu falar ou conheceu algum pai ou mãe capaz de abrir a boca para maldizer um filho (a). Mal sabendo eles, que estão determinando palavras de ordem negativas e danosas, capazes de destruir vidas ou marcá-las para sempre.

Como esse filho ou filha vai enxergar ou enfrentar as adversidades se durante o convívio na companhia desses pais ouviu coisas que poderão ser decisivas na sua formação?

Há grandes possibilidades de se está formando um forte candidato (a) a adulto (a) fracassado (a), descrente... Quem sabe até um revoltado, derrotado ou um propagador de discórdias. Muito forte tudo isso, não? Mas olhe que não é incomum, acredite!

“... assim acontece a palavra que minha boca profere: não volta sem ter produzido seu efeito, sem ter executado minha vontade e cumprido sua missão.” (ISAÌAS, 55,11)

Porém, na vida nada é definitivo ou impossível... E esse é o lado bom da história, vai depender de cada um. Enquanto há vida é tempo de mudar o rumo das coisas e fazer diferente, se dá oportunidades, e a quem está do seu lado. Mas tem que querer e partir para ação: “Começando por transformar as palavras e os pensamentos negativos em positivos, acreditar mais em você e na sua força interior, reagir e não se deixar abater diante das dificuldades”. Fraquejar é natural e humano, mas se isso acontecer, peça força a quem pode lhe dá, “Deus”,  desânimo é uma palavra feia e causa tristeza, prefira a companhia da alegria, troque a cara amarrada e sisuda por um sorriso no rosto, mesmo que seja aquele amarelo e sem graça, já é um bom começo.

Não perca tanto tempo à toa, o que está esperando? Corra...  

Está em suas mãos o timão do seu barco, a decisão da direção em que ele vai navegar pertence a você, vai deixá-lo afundar? Repita quantas vezes forem necessárias, palavras de ordem positiva, e não se esqueça: Trabalhe a favor do que você deseja profundamente.

Portanto, deseje o bem e faça o bem; deseje amar a Deus e aos seus filhos; deseje e pratique mais a fé; enfim deseje ser melhor. Se a palavra tem poder, imagine se ela sai em forma de oração.

Lembranças e nada mais

“...Tenho às vezes vontade de ser novamente um menino, e na hora do meu desespero gritar por você. Te pedir que me abrace e me leve de volta pra casa, e me conte uma história bonita e me faça dormir...”

Calma! Esse é só um trecho da música que Roberto Carlos fez para sua mãe, Lady Laura. E o que isso tem a ver comigo? Absolutamente nada.

Mas, me trouxe à tona as lembranças de um passado lindo e feliz que não volta mais. De momentos especiais que fizeram parte da minha infância, mas que foram tão intensos: de liberdade e brincadeiras pelas ruas da minha cidade e do meu lugar, de um tempo sem pressa e sem medo, de pessoas confiáveis e do bem. De colegas verdadeiros e cúmplices nas travessuras e traquinagens. Dos natais na praça com direito a parque de diversão e quermesse organizada pela Igreja da Santa Cruz. A felicidade não cabia no peito de tão grande que era, e tinha jeito de festa e cheiro de roupa nova e simplicidade. Esse é um dos lados bom da vida, quando se é bem vivida. São lembranças que ficam guardadas num cantinho especial, que só você tem o acesso e pode se refugiar todas as vezes que a saudade apertar, ou ainda, quando se sente ameaçado pelo novo tempo.

Lembranças de um tempo em que as escolas tinham como foco principal o ensino, e os materiais escolares eram distribuídos gratuitamente e ninguém ficava sem estudar por falta dele, em que a maior preocupação era com o saber do aluno, e esse, nem sonhava existir um dia o tal do “bullying”, pois “mangar do colega” não dava processo, o mínimo que ocorria era ficar de castigo sem ir ao recreio e ainda, ser mandado até a secretaria, que era o terror da época, pois implicava em dar conhecimento aos pais ou responsáveis, do ocorrido. Como? Através do temido bilhetinho. Aí já sabia, tinha conversinha ao chegar em casa, e na sequência, a chamada correção, ou seja, uma "surrinha" de leve... Santo remédio! "Agora faça de novo ou me deixe receber outra reclamação!" 
Era mais ou menos assim que a coisa funcionava. E os traumas? Quem são, quem viu, onde moram?

A escola era lugar onde se frequentava com o intuito de aprender e estudar, e os professores eram chamados de mestres, e tinham autonomia em sala de aula e o respeito por parte dos alunos, pois a educação, que era função dos pais e responsáveis, não era negligenciada tampouco transferida para ninguém. O conhecimento era estimulado e exercitado através das realizações das chamadas feiras: “de ciência, português, literatura, história...” E a disputa era entre os alunos com seus trabalhos e projetos, e não entre escolas, procurando garimpar os alunos nota 10 das concorrentes, para fazer disso um pódio, um meio de atrair possíveis clientes para o seu negócio/empresa.

No quesito saúde: Se alguém adoecia ou passasse mal, fosse quem fosse o lugar era o mesmo para todos, e o tratamento tinha a ver com a doença e não com o que você possuía. Há, e se por acaso não fosse possível o deslocamento do doente até o hospital, a “ambulância” com um médico que geralmente era um clínico geral, especialidade rara nos dias atuais, vinha à sua casa para consultar, pois o senso de compromisso em salvar a vida, falava mais alto e era o modelo usado nesse período. E funcionava mesmo. Sem contar das visitas periódicas que recebíamos em casa, dos agentes da extinta “Sucam” – Superintendência de Campanhas de Saúde Pública.

Ajudar a mulher a ter filho(a) e fazer seu parto, era um trabalho para as parteiras de plantão, que geralmente era uma amiga, conhecida, vizinha, comadre..., mas caso isso não fosse possível, as maternidades as recebiam e faziam o parto sem que você tivesse que pagar “os olhos da cara” para ter um atendimento decente e humano.

Não entenda ou me interprete mal, não estou variando e nem é um simples devaneio ou saudosismo. Eu vivi tudo isso de verdade.

São apenas momentos de reflexão, interrogações e tristezas também, de vê que em pleno século XXI, ao invés das coisas melhorarem que seria o curso natural já que o mundo está globalizado e se diz tão evoluído, o que se percebe, se parece mais é com a involução da espécie humana. Lamentável!