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As mensagens e reflexões contidas neste blog, são frutos e resultado de um olhar observador.
"São Fragmentos do Cotidiano" de pessoas comuns, nada de extraordinário, porém, valioso e significativo.

domingo, 22 de maio de 2016

Inquietudes


Há momentos na vida, que tudo que você precisa, é simplesmente ficar quieto em algum lugar. Viajando no tempo e nas lembranças, com você e seus pensamentos.

Numa dessas, me veio à mente, a lembrança de uma conversa que tive há tempos, com um velho conhecido.
E ele me dizia: Não entendo a razão que leva algumas pessoas, a passarem boa parte da sua vida a se dedicar ao trabalho, uma ação que parece coisa de “louco”, em busca de realizar o grande sonho, que é comum ao da grande maioria - A aquisição da casa própria. E quando isso acontece, pensa que relaxam? Não, permanecem inquietos, e muitas vezes até insatisfeitos.
Logo após, vem o desejo de construir ou reformar, deixar tudo do jeitinho que idealizou. E quando consegue concretizar, ao invés de aproveitar e desfrutar do resultado desse esforço, fruto do suor de seu trabalho. Elas largam tudo para trás e sai pelo mundo a fora, como se a procura do que não perdeu. E essa busca parece não ter fim, mas talvez tenha um nome e motivo: a procura da plenitude.

Naquele momento, eu entendi que ele tinha suas razões para pensar assim.

Porém, só com o tempo e através dos estudos, pude perceber que aquelas palavras dele faziam sentido e tinham fundamento, embora ele não soubesse ou tivesse a mínima noção da profundidade do que falava, pois lhe faltava o devido conhecimento e embasamento que vem dos livros. Contudo lhe sobrava o conhecimento empírico. Que é aquele conhecimento adquirido no dia-a-dia, e que está embasado nas tentativas e erros, ou seja, não é necessário entender de determinado assunto, pois o conhecimento é adquirido por meio de observações e das experiências vividas. Circunstância em que não se faz necessário a comprovação científica. Neste caso é possível explicar o que o levou a chegar àquelas conclusões.

É lógico que ele não conhecia a teoria do “Psicólogo Americano, Maslow”, nunca tinha ouvido falar em seu nome, nem tampouco as descobertas dele em seus estudos. Do contrário, justificaria essa sua conclusão e, por conseguinte, a confirmação do real motivo que leva o ser humano a agir assim.

Para Maslow, o ser humano vive em busca de plenitude e, quando alcança um determinado valor, segue em busca de outro em grau ainda maior, constantemente insatisfeito, sempre à procura do inalcançável. (Maslow, 1996, p186).

Eu não quero e nem é a minha intenção discutir aqui o papel e a relevância dos conceitos da teoria de Maslow ou de qualquer outro teórico.

Contudo, de saber reconhecer a sintonia que já existia naquelas palavras do meu velho conhecido, ainda que inconsciente. A julgar por suas limitações, e grau de instrução escolar. E o que ele entendia e já demonstrava conhecer, suficientemente para perceber e fazer as suas próprias análises.

Por isso eu pergunto a você no mundo, se é mais inteligente, o livro ou a sabedoria?  (Gentiliza, Marisa Monte).

Eu sempre ouvia da minha mãe, o seguinte: “O mundo é uma escola”.
E eu nunca duvidei disso. E hoje quem diz sou eu, que o mundo é realmente uma escola, e nos ensina em tempo integral. E suas lições, se encontram num livro chamado: “vida”. Nele você aprende, mais cedo ou mais tarde. Querendo ou não. E na hora que ele decidir lhe cobrar ou  lhe arguir as lições lá contidas, você terá que estar pronto para se apresentar e responder.