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As mensagens e reflexões contidas neste blog, são frutos e resultado de um olhar observador.
"São Fragmentos do Cotidiano" de pessoas comuns, nada de extraordinário, porém, valioso e significativo.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

O poder que a palavra tem



Há que se ter cuidado, pois a palavra tem poder e efeito: de grandioso a devastador...

Não é difícil encontrarmos por aí pessoas que dizem não ter “papas na língua”, ou seja, fala o que lhe vem à cabeça sem ao menos refletir, é o chamado: “Falo mesmo, doa a quem doer”.

É a mais pura expressão das verdades individuais, é a forma e maneira pela qual essas pessoas enxergam as coisas e o mundo a sua volta. De certo que cada um tem o seu entendimento a respeito de tudo, o que lhe é próprio.
Poderíamos então, pontuar como sendo esse um dos motivos pelos quais é percebido certo grau de dificuldade do ser humano, em se estabelecer uma comunicação perfeita, correta e efetiva?

A palavra proferida apresenta-se de várias maneiras e possui um poder determinante. Principalmente no que se refere a nós, pois o nosso futuro está atrelado também ao que falamos hoje.

Assisti a uma palestra certa vez, em que a palestrante dizia que o pensamento é livre, mas a partir do momento que você decide tirá-lo da cabeça e o expressar, transformando-o em palavras, aí sim, você será responsável por tudo a partir desse momento e arcará com as suas consequências. A palavra é algo comprometedor. Quando pronunciadas, poderão nos afastar ou aproximar das pessoas, assim como o tom da voz. Pois, a depender do que dissermos poderemos deixar marcas parciais ou permanentes, e isso não acontece somente em relação aos outros. Daí o cuidado que se deve ter com o que falamos ou então seremos eternamente suas vítimas.

As palavras percorrem um caminho até chegar à boca e ser proferida... E o coração é geralmente o ponto de partida, onde tudo começa. E se esse coração estiver passando por momentos de amarguras, doente e com ressentimentos. Certamente conduzirá uma carga de energia negativa. Frutos desses sentimentos e mazelas acumuladas.

Então, quais os benefícios adquiridos ou se espera adquirir, construindo para si um mundo a partir da forma como vem falando e agindo?
Exemplos não nos faltam! Quem foi que já não ouviu falar ou conheceu algum pai ou mãe capaz de abrir a boca para maldizer um filho (a). Mal sabendo eles, que estão determinando palavras de ordem negativas e danosas, capazes de destruir vidas ou marcá-las para sempre.

Como esse filho ou filha vai enxergar ou enfrentar as adversidades se durante o convívio na companhia desses pais ouviu coisas que poderão ser decisivas na sua formação?
Há grandes possibilidades de se está formando um forte candidato (a) a adulto (a) fracassado (a), descrente... Quem sabe até um revoltado, derrotado ou um propagador de discórdias. Muito forte tudo isso, não? Mas olhe que não é incomum, acredite!

“... assim acontece a palavra que minha boca profere: não volta sem ter produzido seu efeito, sem ter executado minha vontade e cumprido sua missão.” (ISAÌAS, 55,11)

Porém, na vida nada é definitivo ou impossível... E esse é o lado bom da história, vai depender de cada um. Enquanto há vida é tempo de mudar o rumo das coisas e fazer diferente, se dá oportunidades, e a quem está do seu lado. Mas tem que querer e partir para ação: “Começando por transformar as palavras e os pensamentos negativos em positivos, acreditar mais em você e na sua força interior, reagir e não se deixar abater diante das dificuldades”. Fraquejar é natural e humano, mas se isso acontecer, peça força a quem pode lhe dá, “Deus”,  desânimo é uma palavra feia e causa tristeza, prefira a companhia da alegria, troque a cara amarrada e sisuda por um sorriso no rosto, mesmo que seja aquele amarelo e sem graça, já é um bom começo.

Não perca tanto tempo à toa, o que está esperando? Corra...  

Está em suas mãos o timão do seu barco, a decisão da direção em que ele vai navegar pertence a você, vai deixá-lo afundar? Repita quantas vezes forem necessárias, palavras de ordem positiva, e não se esqueça: Trabalhe a favor do que você deseja profundamente.

Portanto, deseje o bem e faça o bem; deseje amar a Deus e aos seus filhos; deseje e pratique mais a fé; enfim deseje ser melhor. Se a palavra tem poder, imagine se ela sai em forma de oração.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Lembranças e nada mais



“...Tenho às vezes vontade de ser novamente um menino, e na hora do meu desespero gritar por você. Te pedir que me abrace e me leve de volta pra casa, e me conte uma história bonita e me faça dormir...”

Calma! Esse é só um trecho da música que Roberto Carlos fez para sua mãe, Lady Laura. E o que isso tem a ver comigo? Absolutamente nada.

Mas, me trouxe à tona as lembranças de um passado lindo e feliz que não volta mais. De momentos especiais que fizeram parte da minha infância, mas que foram tão intensos: de liberdade e brincadeiras pelas ruas da minha cidade e do meu lugar, de um tempo sem pressa e sem medo, de pessoas confiáveis e do bem. De colegas verdadeiros e cúmplices nas travessuras e traquinagens. Dos natais na praça com direito a parque de diversão e quermesse organizada pela Igreja da Santa Cruz. A felicidade não cabia no peito de tão grande que era, e tinha jeito de festa e cheiro de roupa nova e simplicidade. Esse é um dos lados bom da vida, quando se é bem vivida. São lembranças que ficam guardadas num cantinho especial, que só você tem o acesso e pode se refugiar todas as vezes que a saudade apertar, ou ainda, quando se sente ameaçado pelo novo tempo.

Lembranças de um tempo em que as escolas tinham como foco principal o ensino, e os materiais escolares eram distribuídos gratuitamente e ninguém ficava sem estudar por falta dele, em que a maior preocupação era com o saber do aluno, e esse, nem sonhava existir um dia o tal do “bullying”, pois “mangar do colega” não dava processo, o mínimo que ocorria era ficar de castigo sem ir ao recreio e ainda, ser mandado até a secretaria, que era o terror da época, pois implicava em dar conhecimento aos pais ou responsáveis, do ocorrido. Como? Através do temido bilhetinho. Aí já sabia, tinha conversinha ao chegar em casa, e na sequência, a chamada correção, ou seja, uma "surrinha" de leve... Santo remédio! "Agora faça de novo ou me deixe receber outra reclamação!" 
Era mais ou menos assim que a coisa funcionava. E os traumas? Quem são, quem viu, onde moram?

A escola era lugar onde se frequentava com o intuito de aprender e estudar, e os professores eram chamados de mestres, e tinham autonomia em sala de aula e o respeito por parte dos alunos, pois a educação, que era função dos pais e responsáveis, não era negligenciada tampouco transferida para ninguém. O conhecimento era estimulado e exercitado através das realizações das chamadas feiras: “de ciência, português, literatura, história...” E a disputa era entre os alunos com seus trabalhos e projetos, e não entre escolas, procurando garimpar os alunos nota 10 das concorrentes, para fazer disso um pódio, um meio de atrair possíveis clientes para o seu negócio/empresa.

No quesito saúde: Se alguém adoecia ou passasse mal, fosse quem fosse o lugar era o mesmo para todos, e o tratamento tinha a ver com a doença e não com o que você possuía. Há, e se por acaso não fosse possível o deslocamento do doente até o hospital, a “ambulância” com um médico que geralmente era um clínico geral, especialidade rara nos dias atuais, vinha à sua casa para consultar, pois o senso de compromisso em salvar a vida, falava mais alto e era o modelo usado nesse período. E funcionava mesmo. Sem contar das visitas periódicas que recebíamos em casa, dos agentes da extinta “Sucam” – Superintendência de Campanhas de Saúde Pública.

Ajudar a mulher a ter filho(a) e fazer seu parto, era um trabalho para as parteiras de plantão, que geralmente era uma amiga, conhecida, vizinha, comadre..., mas caso isso não fosse possível, as maternidades as recebiam e faziam o parto sem que você tivesse que pagar “os olhos da cara” para ter um atendimento decente e humano.
Não entenda ou me interprete mal, não estou variando e nem é um simples devaneio ou saudosismo. Eu vivi tudo isso de verdade.

São apenas momentos de reflexão, interrogações e tristezas também, de vê que em pleno século XXI, ao invés das coisas melhorarem que seria o curso natural já que o mundo está globalizado e se diz tão evoluído, o que se percebe, se parece mais é com a involução da espécie humana. Lamentável!