Há momentos na vida, que
tudo que você precisa, é simplesmente ficar quieto em algum lugar. Viajando no
tempo e nas lembranças, com você e seus pensamentos.
Numa dessas, me veio à
mente, a lembrança de uma conversa que tive há tempos, com um velho conhecido.
E ele me dizia: Não entendo
a razão que leva algumas pessoas, a passarem boa parte da sua vida a se dedicar
ao trabalho, uma ação que parece coisa de “louco”, em busca de realizar o
grande sonho, que é comum ao da grande maioria - A aquisição da casa própria. E
quando isso acontece, pensa que relaxam? Não, permanecem inquietos, e muitas
vezes até insatisfeitos.
Logo após, vem o desejo de construir
ou reformar, deixar tudo do jeitinho que idealizou. E quando consegue
concretizar, ao invés de aproveitar e desfrutar do resultado desse esforço,
fruto do suor de seu trabalho. Elas largam tudo para trás e sai pelo mundo a
fora, como se a procura do que não perdeu. E essa busca parece não ter fim, mas
talvez tenha um nome e motivo: a procura da plenitude.
Naquele momento, eu entendi
que ele tinha suas razões para pensar assim.
Porém,
só com o tempo e através dos estudos, pude perceber que aquelas palavras dele
faziam sentido e tinham fundamento, embora ele não soubesse ou tivesse a mínima
noção da profundidade do que falava, pois lhe faltava o devido conhecimento e
embasamento que vem dos livros. Contudo lhe sobrava o conhecimento empírico.
Que é aquele conhecimento adquirido no dia-a-dia, e que está
embasado nas tentativas e erros, ou seja, não é necessário entender de
determinado assunto, pois o conhecimento é adquirido por meio de observações e das
experiências vividas. Circunstância em que não se faz necessário a comprovação
científica. Neste caso é possível explicar o que o levou a chegar àquelas
conclusões.
É lógico que ele não
conhecia a teoria do “Psicólogo Americano, Maslow”, nunca tinha ouvido falar em
seu nome, nem tampouco as descobertas dele em seus estudos. Do contrário, justificaria
essa sua conclusão e, por conseguinte, a confirmação do real motivo que leva o
ser humano a agir assim.
Para
Maslow, o ser humano vive em busca de plenitude e, quando alcança um determinado
valor, segue em busca de outro em grau ainda maior, constantemente
insatisfeito, sempre à procura do inalcançável. (Maslow, 1996, p186).
Eu não quero e nem é a minha
intenção discutir aqui o papel e a relevância dos conceitos da teoria de Maslow
ou de qualquer outro teórico.
Contudo, de saber reconhecer
a sintonia que já existia naquelas palavras do meu velho conhecido, ainda que
inconsciente. A julgar por suas limitações, e grau de instrução escolar. E o
que ele entendia e já demonstrava conhecer, suficientemente para perceber e
fazer as suas próprias análises.
Por
isso eu pergunto a você no mundo, se é mais inteligente, o livro ou a
sabedoria? (Gentiliza, Marisa Monte).
Eu sempre ouvia da minha mãe, o
seguinte: “O mundo é uma escola”.
E eu nunca duvidei disso. E hoje quem
diz sou eu, que o mundo é realmente uma escola, e nos ensina em tempo integral.
E suas lições, se encontram num livro chamado: “vida”. Nele você aprende, mais
cedo ou mais tarde. Querendo ou não. E na hora que ele decidir lhe cobrar ou lhe arguir as lições lá contidas, você terá
que estar pronto para se apresentar e responder.