Uno-me àqueles e
àquelas que devem estar sentindo nesse momento, um tremendo vazio no peito,
provocado pela a ausência e a saudade de alguém que não se encontra mais nesse
plano.
De alguém que sabemos que não vai
está nos esperando para nos abraçar e receber o nosso abraço.
O meu era chorão, porém, muito amável,
carinhoso e sabia ser agradecido e reconhecido por tudo que fazíamos e por cada
presente que recebia, por mais simples que fosse. Pai amigo dos filhos e filhas
conversava sobre tudo independente de qual fosse o assunto, sujeito estudioso e
muito esclarecido, pois lia bastante.
Amava ver a casa cheia e a mesa
farta, com tanto que tivesse os filhos ao seu redor. Para ele era um verdadeiro
dia de festa, “O dia dos pais” como tantas outras comemorações festivas que aconteciam,
além do que, momentos como esses eram a oportunidade que ele tinha para tirar
do baú todas as suas anedotas e assim contá-las para nós, embora que muitas
delas já fossem repetidas, e daí? Se você não ria da piada, ria com ele e ele
ria junto.
Vejo e conheço pessoas que dizem
que não sabem o que é o amor e até mesmo duvida que a felicidade exista.
Imagino que deve ser triste para quem não conhece esses sentimentos.
Quanto ao meu pai, ele os tinha
de sobra, pois sua força e alegria estavam apoiadas no Deus em quem ele
confiava muito e praticava.
Dizia que era o homem mais feliz
do mundo, pois tinha ao lado dele uma grande família e a mulher que ele tanto amava, e que fazia
questão de bradar aos quatros cantos do mundo esse amor. Foram quase 50 anos de
matrimônio a repetir a mesma frase: “Essa é a mulher que eu amo”. Disso minha mãe não tinha do que reclamar.
E assim ele fez até os seus 68 anos,
quando teve que nos deixar para fazer morada lá no céu a convite do pai eterno.
É o que eu acredito!
É meu pai, você não está mais
aqui ao alcance dos meus olhos, contudo, do meu coração e da minha mente você
sempre esteve presente, pois não houve um só dia desde que você partiu que eu
não toque no seu nome onde quer que eu esteja, pois sua imagem e lembranças são
constantes e eternas na minha vida.
O meu orgulho de ser a filha do “Pessoa”
ainda perdura até hoje, era tão bom quando pequena me reconheciam nas ruas de
Penedo como “Pessoinha” por ser sua filha. Lembranças de um passado que não volta mais.
Ai meu Deus, que saudade do meu
pai!