As pessoas estão adoecendo e
algumas já estão adoecidas.
Estão perdendo o controle, a
ternura, a capacidade de se compadecer com a dor alheia, estão ficando mais
intolerantes, estressadas, depressivas e até insensíveis.
Em meio a todas essas perdas,
soma-se um egoísmo que vem ganhando espaço e povoando os corações, enchendo-os
de frieza, acompanhado de certo pessimismo também. É cada um por si, olhando
para o próprio umbigo.
E como se não bastasse,
vivemos em constante estado de alerta, às vezes, até ameaçados e mais
amedrontados que nunca, desconfiamos de quase tudo e de todos, fazemos das
nossas casas verdadeiras prisões: Muros altos e cheios de grades, cercas
elétricas, sistemas de monitoramento 24 horas... Levamos e buscamos os filhos
aos lugares e eventos rotineiros, como se, numa tentativa de evitar sofrimentos,
angustias e surpresas desagradáveis.
Pensando em preservar a vida
e a integridade física dos mesmos, vamos podando-os, e tirando deles(as) o
direito e a liberdade de viver as próprias experiências e escolhas, comprometendo
portanto o direito de ir e vir.
Mas, até quando? Essa é a
pergunta de muitos. Quanto à resposta, fica difícil de dar!
Infelizmente temos que
conviver com algumas situações do tipo e assim vamos aprendendo involuntariamente,
na marra, a driblarmos tais adversidades, já que, quem deveria garantir a
ordem, cumprir e fazer valer as leis, não executa o seu papel, e o pior, faz
pouco caso.
Triste realidade! O que
torna o mundo um lugar perigoso de se viver. Isso é preocupante.
Certo dia presenciei uma
cena assustadora:
“Um flanelinha,
desses que nos abordam no semáforo, jogando água no para-brisa do carro, mesmo
contra nossa vontade em algumas vezes e muitos até de forma intimidadora, por
sinal, em troca de algum dinheiro, fez menção de limpar o veículo que estava do
meu lado, e como sua ação não foi aceita, ele resmungou algo que o motorista em
questão não gostou, pois possivelmente esse motorista já estivesse atribulado,
sabe-se lá por que. Pois bem, o mesmo abriu a porta do seu veículo, e esbravejando
com uma arma em punho, numa demonstração de descontrole e destempero total, apontou
a arma em direção ao “flanelinha” que diante do perigo, tratou de correr.”
Fica claro o que
acontece quando se deixa a emoção falar mais alto que a razão, ainda mais
quando se tem uma arma.
Confesso que nunca tinha
presenciado algo do tipo, tampouco que ela ocorresse do meu lado. A minha
reação instantânea, foi uma só: a de procurar acalmá-lo. Apelando para o seu
bom senso, recorrendo ao mesmo que não fizesse tamanha besteira, pois não
valeria a pena, uma vez que as consequências não seriam boas. Bem, a tentativa
funcionou.
Agora eu pergunto: Está ou
não o mundo adoecido? Digo o mundo porque quem o faz são as pessoas.
Independente de qual seja a
resposta à verdade mesmo é que humanidade de tanto se preocupar com coisas
materiais, estabelecimentos/atingimentos de metas e em si própria, tem se
afastado de Deus.
É pertinente e necessário
ter a consciência da necessidade de se praticar o bem. Do contrário, as coisas
tendem a se agravar cada vez mais. Conforme o exemplo acima citado.
"O
mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal,
mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer." (Albert
Einstein)
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